Portugal ocupa o 2º lugar no ranking internacional de doação de órgãos em 2019

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST, IP), através da Coordenação Nacional de Transplantação, reporta anualmente a atividade nacional de doação e transplantação de órgãos para diversas entidades internacionais entre as quais a Organización Nacional de Trasplantes (ONT), sediada em Espanha, a qual coordena a publicação anual do Conselho da Europa designada “Newsletter Transplant”. Esta importante publicação reúne os dados internacionais sobre a referida atividade, através da análise dos dados reportados pelos diversos pontos focais, estando Portugal incluído nesta rede.

A edição mais recente desta publicação, que conta com a colaboração de 71 países a nível mundial, revela que o número de transplantes realizados nos estados-membros europeus em 2019 manteve o mesmo nível relativamente ao ano de 2018, ainda que se tenha verificado um ligeiro aumento na doação resultante de dador falecido e dador vivo (1% e 4%, respetivamente). Não obstante, o número de doentes que aguardam transplante em lista ativa na Europa atingiu o maior número de sempre, cerca de 150 000 doentes, dada a elevada necessidade de órgãos e tecidos para transplante.

De acordo com os dados relativos a 2019, Portugal apresenta-se na 2.ª posição a nível internacional no que respeita à doação de órgãos provenientes de dador falecido (dador em morte cerebral e dador em paragem cardiocirculatória), com 33,7 dadores/pmh (ver figura abaixo), o que representa a subida de uma posição relativamente ao ano passado (3.º lugar com 33,4 dadores/pmh). A primeira posição mantem-se ocupada por Espanha há já alguns anos, contabilizando 49,6 dadores/pmh em 2019.

Fonte: Newsletter Transplant. Volume 25, 2020

Relativamente à atividade de transplantação de órgãos, Portugal destaca-se, nomeadamente, no número de transplantes hepáticos (manteve a mesma posição relativamente a 2018, 4.ª posição), renais e pancreáticos, nos quais se verificou a descida de uma posição para o 5.º e 4.º lugares, respetivamente.

Ainda que, em lugares mais afastados do topo do ranking, há que referir que a transplantação pulmonar subiu uma posição relativamente a 2018, ocupando em 2019 a 13.ª posição e que a transplantação cardíaca desceu duas posições para a 19.ª (17.ª em 2018).

Para mais informações, a referida publicação está disponível aqui.