A Coordenadora Nacional da Transplantação, Dra Margarida Ivo da Silva, participou no passado dia 11 de novembro, numa conferência internacional organizada, uma vez mais, pela DTI Foundation, subordinada ao tema: “Long-term and short-term impact of introducing an opt-out organ donation system”.
Visando uma partilha de experiências a Dra Margarida Ivo da Silva referiu o contexto português. Falou da evolução legal desde o início das primeiras colheitas, onde só se procedia à colheita nos casos em que a vontade do individuo estava expressa nesse sentido, até à realidade atual onde se viu uma evolução do paradigma, priorizando sempre a liberdade individual e o respeito pela dignidade humana. Referiu a importância da atual legislação que prevê a autorização para a colheita à contrário, ou seja, todos os que não queiram após a sua morte doar os seus órgãos ou parte deles, terão que em vida registar-se no RENNDA (Registo Nacional de Não Dadores).
Com este sistema de registo, mundialmente conhecido como opting out system, foi claramente visível o aumento das taxas de consentimento para a doação post mortem, aumentando o número da disponibilidade de órgãos para transplante, salvando outras vidas e melhorando significativamente outras.