Dia 11 de março celebra-se o Dia Mundial do Rim, que tem como objetivo aumentar a consciencialização e educação sobre o tratamento eficaz dos sintomas da doença, bem como sobre a responsabilização dos doentes, com vista a promover a sua participação na sociedade.
O World Kidney Day Steering Committee declarou o ano 2021 como o ano de “Viver Bem com Doença Renal”. Embora as medidas efetivas para prevenir a doença renal e a sua progressão sejam importantes, os doentes renais – incluindo os que dependem de diálise e transplante – e os seus familiares devem sentir-se apoiados, especialmente durante uma pandemia e outros períodos desafiantes.
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) está empenhado no reforço da mensagem do World Kidney Day Steering Committee e apela à inclusão na participação no quotidiano como foco principal no cuidado destes doentes.
O diagnóstico de doença renal pode ser um grande desafio quer para o doente quer para os seus familiares e amigos. O seu diagnóstico e tratamento, principalmente nos estados mais avançados da doença têm um impacto severo na vida dos doentes, nomeadamente pela diminuição da sua capacidade (e de todos os envolvidos) em participar nas atividades quotidianas (como trabalhar, viajar e socializar) e pelos próprios efeitos secundários (por exemplo fadiga, dor, depressão, défice cognitivo, problemas gastrointestinais e perturbações do sono).
A doença renal crónica afeta cerca de 850 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, esta doença afeta mais de 20 mil doentes, que dependem de diálise ou de transplante. No final de 2020, o número de doentes que aguardavam por um transplante renal ultrapassava os 1950.
Ainda que o atual contexto pandémico se tenha refletido na atividade de doação e transplantação mundial particularmente na diminuição do número de dadores de órgãos e tecidos, importa destacar a seguinte atividade no ano 2020:
- 437 rins colhidos, 396 de dador falecido e 41 de dador vivo, o que permitiu transplantar 378 doentes, com uma taxa de utilização de cerca de 87%;
- 6 destes doentes transplantados ao abrigo do Programa Nacional de Doação Renal Cruzada e um ao abrigo do Programa Internacional de Doação Renal Cruzada.
O IPST deixa uma palavra aos doentes transplantados, aos doentes em lista de espera e às suas famílias, garantindo o empenho da Instituição na garantia da resposta à necessidade de transplante renal em Portugal, através dos diversos programas existentes (programa de dador falecido, dador vivo, doação renal cruzada nacional e internacional) e agradece a dedicação e a excelência dos profissionais de saúde que todos os dias contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos doentes renais crónicos.